Escreve-se, repete-se, cria-se, cita-se. Nas palavras de Nietzsche, funciona mais ou menos assim: “A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez”. Dessa forma é o Poucas e Tantas, um pouco de tudo, muitas coisas repetidas, outras inéditas (ou não tão inéditas), algumas curiosidades...

sábado, 24 de julho de 2010

No ar...


Bem me quer, mal me quer

A escolha de lançar a versão cinematográfica de O Bem-Amado, texto consagrado de Dias Gomes, no eleitoral ano de 2010 não foi proposital, mas o diretor Guel Arraes não diminui a importância de retomar as falcatruas de Odorico Paraguaçu meses antes do pleito. Desta vez, o protagonista Interpretado por Marco Nanini), além de sofrer para inaugurar o cemitério de Sucupira, tem de enfrentar a oposição, encabeçada por Wladymir, dono do jornal A Trombeta (vivido por Tonico Pereira). Arraes, que fez o primeiro teste coma obra remontando-a no teatro em 2008, optou por atualizar seu contexto histórico-politico.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Vejam que legal...

Filme perdido de Chaplin será exibido nos EUA

Uma preciosidade foi encontrada numa feira de antiguidades no Estado de Virgínia, nos EUA. Trata-se de um curta-metragem de 1914, intitulado “A Thief Catcher” (Um Pega–Ladrão), onde o ator e diretor inglês Charlie Chaplin, faz uma pequena participação como um policial atrapalhado.
Paul Gierucki, pesquisador de cinema, arrematou a fita, só descobrindo depois de meses o valor do que tinha em mãos.
Isso é que é ter sorte!

sábado, 10 de julho de 2010

Evolução das Espécies


O artista italiano Blu fez este vídeo impressionante que retrata a evolução da vida na Terra. Em seu blog ele conta que foram meses de trabalho com ajuda de amigos, além de muitos baldes de tinta. Trata-se de uma animação de fotos de suas pinturas feitas em muros e outros 'equipamentos urbanos'. Não dá para descrever, só vendo. Em homenagem a 2010, Ano Internacional da Biodiversidade, o trabalho único de Blu.

http://www.youtube.com/watch?v=sMoKcsN8wM8


Fonte: http://www.oeco.com.br/2010-ano-biodiversidade

Trevo de quatro folhas
Nome científico: Marsilea batardae ou Marsilea quadrifolia ou Oxalis deppei


“A natureza é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas.”
Johann Goethe

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Neruda


"... Saudade é amar um passado que ainda não passou,
É recusar um presente que nos machuca,
É não ver o futuro que nos convida..."

Assim é o medo que nos cega, que cerra as cortinas que teimamos em manter diante dos olhos.

Toi et moi

Toi et moi
Deux cœurs qui se confondent
Au seuil de l'infini
Loin du reste du monde
Haletants et soumis
A bord du lit
Qui tangue et va
Sous toi et moi
Toi et moi
Libérés des mensonges
Et sevrés des tabous
Quand la nuit se prolonge
Entre râles et remous
Nos songes fous
Inventent un nous
Entre chien et loup dans nos rê ves déserts
L'amour a su combler les silences
Et nous, ses enfants nus, vierges de nos hiers,
Devenons toi et moi, lavés de nos enfers
Porte-moi
Au delà des angoisses
A l'appel du désir
Du cœur de nos fantasmes
Aux confins du plaisir
Que Dieu créa
Pour toi et moi
J'étais sans espoir, tu as changé mon sort
Offrant à ma vie une autre chance
Les mots ne sont que mots, les tiens vibraient si fort
Qu'en parlant à ma peau ils éveillaient mon corps
Aime-moi
Fais-moi l'amour encore
Encore et parle-moi
Pour que jusqu'aux aurores
Aux sources de nos joies
Mes jours se noient
Dans toi et moi.

Tradução


Você e Eu

Você e eu
Dois corações que se confundem
Para o despertar da infinidade
Longe do resto do mundo
Extenuado e submisso
A bordo da cama
Que lança e vai
Sob você e eu
Você e eu
Livre de mentiras
E privados de tabus
Quando a noite se prolonga
Entre cercos e movimentos
Nossos sonhos loucos
Nos inventam
Entre cão e lobo nos nossos sonhos desertos (solitários)
O amor soube preencher os silêncios
E nós, nossas crianças nuas, virgens de nosso passado,
Tornam-se você e eu,
Lavados de nossos infernos,
Me leve
De nossas angústias
Ao chamado do desejo
Do coração de nossos fantasmas
Para os confins do prazer
Que Deus criou
Para você e eu
Eu estava sem esperança, você mudou meu destino
Oferecendo para minha vida outra sorte
Palavras são só palavras, elas vibraram tão forte
Que enquanto falamos
Minha pele e elas despertam todo o meu corpo
Ama-me
Me ame novamente,
Outra vez, e me diga
De modo que as auroras
Para fonte de nossas alegrias
Meus dias se afogam
Em você e eu
Charles Aznavour (Paroles: Charles Aznavour. Musique: Jacques Revaux, Jean Pierre Bourtayre 1994)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Aparências e Realidades


"Todo o fenómeno tem, relativamente ao nosso entendimento e à sua potência de descriminar, uma realidade - quero dizer certos caracteres, ou (para me exprimir por uma imagem, como recomenda Buffon) certos contornos que o limitam, o definem, lhe dão feição própria no esparso e universal conjunto, e constituem o seu exacto, real e único modo de ser. Somente o erro, a ignorância, os preconceitos, a tradição, a rotina e sobretudo a ilusão, formam em torno de cada fenómeno uma névoa que esbate e deforma os seus contornos, e impede que a visão intelectual o divida no seu exacto, real, e único modo de ser. É justamente o que sucede aos monumentos de Londres mergulhados no nevoeiro... (...) Nas manhãs de nevoeiro numa rua de Londres, há dificuldade em distinguir se a sombra densa que ao longe se empasta é a estátua de um herói ou o fragmento de um tapume. Uma pardacenta ilusão submerge toda a cidade - e com espanto se encontra numa taverna, quem julgara penetrar num templo. Ora para a maioria dos espíritos uma névoa igual flutua sobre as realidades da Vida e do Mundo. Daí vem que quase todos os seus passos são transvios, quase todos os seus juízos são enganos; e estes constantemente estão trocando o templo e a taverna. Raras são as visões intelectuais bastante agudas e poderosas para romper através da neblina e surpreender as linhas exactas, o verdadeiro contorno da realidade."

Eça de Queirós, in 'A Correspondência de Fradique Mendes'

Quem sou eu

Minha foto
Niterói, Rio de Janeiro, Brazil
No momento, sou uma citação do Mario Quintana: "A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo. Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali... Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!"

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