Escreve-se, repete-se, cria-se, cita-se. Nas palavras de Nietzsche, funciona mais ou menos assim: “A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez”. Dessa forma é o Poucas e Tantas, um pouco de tudo, muitas coisas repetidas, outras inéditas (ou não tão inéditas), algumas curiosidades...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010


"E, por último, mas na verdade é o mais importante, quando você se apaixona loucamente, nos primeiros momentos da paixão, está tão cheio de vida que a morte não existe. Amando você é eterno. Da mesma maneira, quando está escrevendo um romance, nos momentos de graça da criação do livro sente-se tão impregnado da vida dessas criaturas imaginárias que, para você, não existe o tempo, nem a decadência, nem a sua própria mortalidade. Você também é eterno ao inventar histórias. A gente sempre escreve contra a morte."

A Louca da Casa - Rosa Montero

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Invenções Divinas e Invenções do Diabo


A expressão "invenção do diabo" faz presumir que o diabo vive a criar coisas para atormentar-nos, pobres mortais

O século XX passou rápido demais. Tão rápido que nem nos demos conta de quão geniais foram alguns inventos e descobertas. Escrevo isso depois de quedar-me boquiaberto diante da engenhosidade de um (já aos nossos olhos primitivo) abridor de latas. Isso porque precisei de um. Que simples, que inteligente, que preciosa invenção. Segundo relatos, o primeiro abridor de latas inventado parecia uma cruza de baioneta com foice e data da segunda metade do século XIX. O abridor, tal como se conhece hoje, é criação do americano William Lyman, patenteada em 1870.

Tenho pela máquina de escrever – um invento, assim como o abridor, ultrapassado – um carinho de jornalista aposentado. Guardo comigo uma Olivetti Lettera 32, com a qual escrevi algumas de minhas primeiras letras de canções. Meus filhos olham para ela como se houvesse sido retirada do acervo do homem de Neanderthal. Mas a máquina de escrever não é uma invenção tão antiga quanto o advento do computador pessoal a fez parecer. Sua primeira patente data do século XVIII e foi concedida ao inventor Henry Mill. Um século depois, o projeto de Mill foi aperfeiçoado, mas as tentativas, segundo consta, estavam mais próximas de um piano que de uma máquina de escrever. Sua autoria passa a ser disputada por inventores americanos, franceses e até um brasileiro, o padre paraibano Francisco João de Azevedo, que, conta a lenda, teve sua patente roubada por três inventores americanos, que a teriam apresentado à firma Remington, fabricante de armas. Daí por diante a história é imaginável.

A correria tecnológica transformou muito rapidamente em obsoletos objetos relativamente modernos – basta ver a primeira geração de celulares, parecem apetrechos medievais. Monitores compactos e de tela plana fazem os antigos monitores parecerem fogões a lenha. Assim é também com as máquinas fotográficas anteriores ao advento das digitais. Curioso é que, no mesmo ritmo em que as engenhocas evoluem freneticamente, uma certa “febre vintage” assola a humanidade. Nunca se viu tantos “produtos” a replicar modelos antigos – desde carros até geladeiras, instrumentos musicais, roupas, móveis, acessórios de moda e o diabo a quatro. Talvez isso possa ser explicado por uma espécie de nostalgia atávica da raça humana, eternamente dividida entre o ímpeto com que avança para o futuro e a saudade vã com que olha para o passado.

Assim como as invenções fantásticas, algumas das quais mencionei acima, há outras que são verdadeiras invenções do diabo. A expressão “invenção do diabo” faz presumir que o diabo vive a criar coisas para atormentar-nos, pobres mortais. Isso me leva a deduzir que é engenhoso então o coisa-ruim em seus inventos, tamanho o inferno que causam em nossas vidas.

Citarei algumas de minha (não) predileção, mas a lista pode ser fartamente aumentada: pires com o buraco da xícara fora do centro – para quê, me pergunto, já que a função do pires seria enquadrar a xícara?...; etiquetas de bagagem de mão, que antes, bem antes do embarque você já terá deixado cair distraído enquanto toma um café; chaves de hotel magnéticas, que fatalmente estarão desmagnetizadas quando você voltar às duas da manhã, cansado, com sono e dois degraus acima da normalidade; talher de peixe (uma inutilidade completa) e as famigeradas janelas persianas, aquelas de enrolar, certamente criadas por algum demônio persa com a finalidade de testar a santa paciência dos cristãos.

P.S.: Para não destoar, nesta época de salamaleques de virada de ano, quero desejar a todos um ano menos febril, no sentido veloz-cotidiano da palavra, e mais febril, no sentido apaixonado que ela carrega.

Zeca Baleiro (Cantor e Compositor – Colunista Mensal/Isto É)

Que fofo!


Quando você brigar com você, enjoar de você e não quiser mais você... dá você pra mim?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Impecável essa...

Acabo de conversar com Melina sobre minha incapacidade de matar personagens, ao passo que ela responde:
– Eu mato fácil...
E eu preocupada com a forma como um dos personagens do meu livro irá morrer, apesar da idade avançada torná-lo propenso a dita passagem.
Uma sugestão sua, pesquisar no livro 'Incidente em Antares' do Érico Veríssimo. Nossa...

Ressaca

O que pode ser pior do que fazer aniversário? Acordar no dia seguinte...

domingo, 10 de janeiro de 2010

“... Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar.
Porque eu sou do tamanho do que vejo, e não do tamanho da minha altura.”
Fernando Pessoa

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010




O tempo é muito lento para os que esperam,

muito rápido para os que têm medo,

muito longo para os que lamentam,

muito curto para os que festejam.

Mas, para os que amam, o tempo é eternidade.


William Shakespeare

LIBERDADE PRA RIR E SONHAR...
'E não se esqueça de trazer força e magia
O sonho, a fantasia
E a alegria de viver'
Toquinho

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Reparei que a poeira se misturava às nuvens


Reparei que a poeira se misturava às nuvens,
e, sem pôr o ouvido na terra, senti a pressa dos que chegavam.
Disse-me de repente: "Eis que o tropel avança".
Mas todos me olhavam como surdos,
e deixavam-me sem responder nada.
Vi as nuvens tornarem-se vermelhas
e repeti: "Eis que os incêndios se aproximam".
(Mas não havia mais interlocutores.)
"Eles vêm, eles não podem deixar de vir",
balbuciei para a solidão, para o ermo.
E já por detrás dos montes subiam chamas altas;
ou eram estandartes ou eram labaredas.
Perguntei: "Que me vale ter casa, parentes, vida?
Sou a terra que estremece? ou a multidão que avança?
Ó solidão minha, ó limites da criatura!
Meu nome está em mim? no passado ou no futuro?
Ninguém responde. E o fogo avança para meu pequeno enigma".
Apenas um anjo negro entreabriu seus lábios,
verdadeiramente como um botão de rosa.
"Death"
DEATH?
Por que me falas nesse idioma? perguntei-lhe, sonhando.
Em qualquer língua se entende essa palavra.
Sem qualquer língua.
O sangue sabe-o.
Uma inteligência esparsa aprende
esse convite inadiável.
Búzios somos, moendo a vida inteira
essa música incessante.
Morte, morte.
Levamos toda a vida morrendo em surdina.
No trabalho, no amor, acordados, em sonho.
A vida é a vigilância da morte,
até que o seu fogo veemente nos consuma
sem a consumir.

(Poesias completas de Cecília Meireles)

Revolução da Alma


Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.

A razão da sua vida é você mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida, quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você. Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você.

Não coloque o objetivo longe demais de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje. Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos, ou de relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te, você é reflexo do que pensas diariamente. Pare de pensar mal de você mesmo(a), e seja seu melhor amigo(a) sempre.

Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor.


Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo que está "pronto“ para ser feliz.

Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar a felicidade sem esforços. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.

Critique menos, trabalhe mais. E, não se esqueça nunca de agradecer.

Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento, inclusive a dor. Nossa compreensão do universo, ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.

A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.

Intemporalidades de Aristóteles

Quem sou eu

Minha foto
Niterói, Rio de Janeiro, Brazil
No momento, sou uma citação do Mario Quintana: "A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo. Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali... Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!"

O Poucas e Tantas recomenda

Ecoblogs