segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Colhendo frutos na janela
Daqui de cima percebo os caminhos daqueles que vão e vem. Talvez, nem mesmo compreendam o que estão fazendo, mas eu os vejo se afastando e se aproximando. Remeto aos meus próprios passos vacilantes e incertos e me pergunto aonde estes vão dar. Eu os fiz, os construí da forma como achava que deveriam ser. Um pé diante do outro marcando o rastro de uma existência que, na verdade, ainda segue. Tenho consciência de que devo ir em frente, independente dos medos e incertezas. Para cada um deles há um plano sendo traçado, é preciso acertá-los, moldando-os de acordo com o que mais me convier. Mas, realmente, o que me convêm? O que poderá me satisfazer? Tanto já foi feito e pouco se aproveitou, neste sentido busco os resultados (mesmo que transitórios). Pesá-los é primordial! Não quero apenas papos e palavras, quero atos, feitos, toques, mãos, pele talvez. Quero fatos consumados. Quero um tempo pra mim, onde eu possa pesar, pensar e repensar. Um espaço livre de claustrofobias, abraços e laços. Não, pensando bem, quero laços frouxos que me levem a cometer irresponsabilidades, mas que me tragam a realidade tão rápido quanto me tiraram dela e me façam respirar, tropeçar, correr, pular, gritar... (um nó, nunca!)... De repente, eu saberia qual rumo tomar e os caminhos cruzados (nos quais me encontro) seriam mais visíveis e apontariam o norte, o meu norte. No momento, o calendário arbitrário procura um planeta no qual se orientar, espelhando assim sua verdadeira natureza e encontrando o seu eu, o meu eu, o meu caminho, a minha bússola interior.
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Quem sou eu
- Ana Cláudia Azeredo
- Niterói, Rio de Janeiro, Brazil
- No momento, sou uma citação do Mario Quintana: "A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo. Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali... Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!"
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