Escreve-se, repete-se, cria-se, cita-se. Nas palavras de Nietzsche, funciona mais ou menos assim: “A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez”. Dessa forma é o Poucas e Tantas, um pouco de tudo, muitas coisas repetidas, outras inéditas (ou não tão inéditas), algumas curiosidades...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Escolha errado e seja infeliz

Comecei a pensar seriamente a respeito da minha saúde depois de um papo com meu amigo Flavio Migliaccio, verdadeiro sábio que costumo chamar de “ermitão”, e que me soprou as seguintes palavras:
– Se você um dia ficar doente, mas tiver a consciência de que sempre cuidou da sua saúde, não sofrerá pela culpa de ter causado mal a si mesma, ou de ter encurtado a sua vida.
Pouco tempo depois, encontrei outro sábio: o grande Helio Gracie, lutador genial que, aos 92 anos, conservava uma vitalidade impressionante no corpo e na mente. E ele me disse:
– Você não vai viver mais, se cuidar da sua saúde. Mas vai viver melhor e morrer melhor.
Migliaccio e Gracie mudaram a minha vida, e não só porque passei a valorizar mais o meu corpo. Fiquei pensando no que eles disseram e concluí que a “fórmula” pregada por eles se aplica a tudo. Ela tem a ver com todas as escolhas que fazemos.
Pense na “saúde” como algo bem mais amplo que simplesmente um estado físico: a satisfação, a alegria, a esperança, o bom-humor, a generosidade... o estado de espírito também faz parte da saúde, e justamente por isso adoecemos quando nos deixamos dominar pela tristeza, pelo desespero, pela irritação, pelo egoísmo.
É possível que alguém seja saudável se estiver infeliz?
É exigir demais do coração, que ele bata ressentimento, inveja, indiferença ou conformismo... pedir demais ao estômago, que dê cabo de infelicidade. Esperar demais da memória, que varra pra longe as nossas escolhas equivocadas.
O arrependimento é uma doença tanto quanto a úlcera. Por isso, é melhor pensar nas suas escolhas, estas sim, a verdadeira chave para a alegria ou para a tristeza: se me caso ou não com este homem; se aceito ou não este emprego; se tenho ou não este filho; se gasto ou não este dinheiro; se fumo ou não este cigarro; se entro ou não nesta briga; se digo o que penso ou me calo...
Na maioria das vezes que me vi em situações desagradáveis ou difíceis, tive discernimento para enxergar que fui eu mesma que me coloquei ali. Poderia ter agido de outra maneira, ter feito outra escolha, e o desfecho da novela teria sido diferente.
O mesmo acontece quando ouço “Fulano está numa pior...”; “Beltrano sofre tanto naquele casamento!”; “Cicrano está com a saúde por um fio”... “Filistrano perdeu o emprego”... e por aí vai.
Uma boa decisão para começar este 2011 que se aproxima é prestar bastante atenção nas escolhas – racionais, emotivas, mecânicas e inconscientes – que fazemos. Porque são elas que nos conduzem ao nosso futuro.
Feliz 2011 para todos nós!


Por Fernanda Dannemann

Fonte: http://www.jblog.com.br/almalavada.php

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quem sou eu

Minha foto
Niterói, Rio de Janeiro, Brazil
No momento, sou uma citação do Mario Quintana: "A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo. Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali... Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!"

O Poucas e Tantas recomenda

Ecoblogs