Escreve-se, repete-se, cria-se, cita-se. Nas palavras de Nietzsche, funciona mais ou menos assim: “A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez”. Dessa forma é o Poucas e Tantas, um pouco de tudo, muitas coisas repetidas, outras inéditas (ou não tão inéditas), algumas curiosidades...
365 chances de sonhar e de correr atrás desse sonho 365 dias para planejar 365 chances de corrigir um erro 365 chances de repetir um acerto 365 recomeços Infinitas maneiras de ser feliz.
"É muito difícil fazer sua cabeça e seu coração trabalharem juntos. No meu caso, eles não são nem amigos.”
"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz. Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Maribondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz. Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Quem sabe no ano que vem me inspiro nas palavras de Fernando Pessoa: “Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história...”
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Preserve os gatos pingados. Afinal, eles são só meia dúzia.
Cachos que deslizam dos cabelos dos anjos E castelos de sorvete no ar E canyons de penas em todo lugar Eu olhava para as nuvens desse jeito...
Mas agora elas só bloqueiam o sol Elas chovem e neva em todo mundo Tantas coisas eu teria feito Mas as nuvens estavam no meu caminho.
Eu tenho visto os dois lados das nuvens agora De cima e de baixo, e ainda de alguma forma São as ilusões das nuvens que eu me recordo Eu realmente não conheço bem as nuvens.
Luas, junhos e rodas gigantes A súbita vontade de dançar que você sente Como se os contos de fadas se tornassem reais Eu olhava para o amor desse jeito. Mas agora isso é só mais um show Você os deixa rindo quando você parte E se você se importa com isso, não deixem eles saberem Não traia a você mesmo
Eu tenho visto os dois lados do amor agora Do dar e do tomar, e ainda de alguma maneira São as ilusões do amor que eu me recordo Eu realmente não conheço bem o amor.
Lágrimas, medos e o sentimento de orgulho Para dizer "eu te amo" bem alto e claro. Sonhos, planos e platéias de circos Eu olhava para a vida desse jeito.
Mas agora velhos amigos estão agindo estranho Eles mexem suas cabeças, eles dizem que eu mudei Bem... algo está perdido, mas algo está ganho Vivendo todos os dias.
Eu tenho visto os dois lados da vida Do ganhar e do perder, e ainda de alguma forma São as ilusões da vida que eu me recordo Eu realmente não conheço bem a vida.
No momento, sou uma citação do Mario Quintana: "A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo. Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali... Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!"